quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Lenda da Carnaúba

Carnaubeira
A Árvore da Vida
A tribo vivia feliz
O sol aquecia as cabanas, amadurecia os frutos.
De vez em quando as nuvens cobriam o sol, e a chuva caia,
molhando as plantações, aumentando os rios.
Mas depois, o sol começou a ficar muito quente, muito quente.
Tão quente, que foi secando os rios e matando as plantas e os animais.
Os índios rezavam e dançavam,
pedindo a tupã que lhes mandasse outra vez a chuva que
mata a sede das plantas e dos animais.
Mas era tudo em vão
O sol continuava queimando...
Os índios e animais morriam,
os urubus devoravam os corpos abandonados.
Daqueles homens tão fortes só restava um casal com o filho,que foram obrigados a abandonar a taba em busca de terras mais felizes
Caminharam toda a noite, mastigando raízes.
O sol queimava novamente no céu quando o menino avistou
uma palmeira sozinha naquele deserto, balançando como
ventarolas suas palmas verdes.
Aproveitaram para descansar à sombrinha daquela palmeira
Vencidos pelo cansaço, os velhos adormeceram.
Só o indiozinho continuava acordado e preocupado...
Pedia o auxílio de tupã, quando ouviu uma voz que chamava por ele e viu no topo da palmeira uma índia, que lhe disse:
“Eu me chamo carnaubeira
Estou aqui para te ajudar. Há muitos anos a minha tribo também foi atormentada pela seca.”
“Socorri a todos, e, quando morri,
a lua me transformou nesta árvore destinada a salvar os desamparados
Faze o que te aconselho e ainda serás feliz”
“Talha o meu tronco, e,
com a minha seiva, mata a sede de teus pais e a tua”
“Come os meus frutos,
e não sentirás mais fome”
“Cozinha um pouco as minhas raízes
É remédio que, bebido, fecha as feridas”
“Põe a secar minhas folhas e bate-as
Delas sairá um pó cinzento e perfumado, a minha cera,
com que poderás iluminar o teu caminho nas noites sem lua”
“Da palha que ficar, tece teu chapéu e tua esteira”
“Agora faço-te um pedido:
planta os meus coquinhos para que tenhas um carnaubal”
“E poderás, então,
construir a tua cabana com a madeira do meu tronco”
O menino fez tudo o que a índia lhe aconselhou.
Dentro de alguns anos,
um carnaubal imenso balançava-se ao vento.
E o indiozinho já homem despedia-se dos
seus pais para levar a todas as tabas os cocos da boa árvore da providência,
como a chamam hoje os caboclos felizes.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Instituto Carnaúba participa da Câmara Técnica da Carnaúba


O Instituto de Ecologia Social Carnauba, é um dos 25 membros que compoem a Câmara Técnica da Cadeia Produtiva da Carnauba no Estado do Ceará. A posse foi na sede da ADECE, em Fortaleza, no dia 13/08/2008. O titular é o Sr. Francisco Osvaldo e suplente o Sr. Expedito Torres.
Os membros da camara foram nomeados pelo Governador Cid Gomes e reune além da industria, trabalhadores, instituições de ensino e pesquisa, governo e sociedade civil.


A carnaúba, atual quinto produto na pauta de exportações do Ceará, ganhou uma Câmara Setorial, que terá por objetivo unir e fortalecer os elos de sua cadeia produtiva. O novo órgão, lançado pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), deve contribuir para a ampliação da produção de uma cultura responsável pela geração de 28 mil empregos no Estado.´


A sociedade como um todo não tem conhecimento das potencialidades da carnaúba, afirma o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), Ivan Bezerra, ressaltando que o Governo tem todo o interesse em promover o desenvolvimento de sua cadeia produtiva.


Para isso, segundo informa, já foram doados 50 secadores solares para a secagem das folhas da planta. Isso vai evitar a perda de até 40% da nossa produção´, diz Bezerra.


De acordo com ele, o mercado externo da tradicional carnaúba é prioritário para o Ceará, uma vez que cerca de 90% de sua produção tem destino internacional, principalmente para países da Europa, Japão e Estados Unidos.


Para o presidente do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba no Ceará (Sindicarnaúba/CE), José Fonteles de Moraes, a falta de apoio era o maior gargalo enfrentado pelo setor. ´Agora, acredito que deveremos voltar ao patamar de terceiro produto mais exportado pelo estado. Já que o setor reagiu de 2006 para cá´, ressalta Moraes.